quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A SAUDADE AMOROSA NA CANÇÃO BRASILEIRA:Um estudo exploratório (1927-1964)

Esse artigo lindo publicamos em 2009. Foram escutadas, transcritas e analisadas 458 letras de canções populares brasileiras com o tema da saudade amorosa. A dificuldade em realizar essa pesquisa foi lidar com a própria saudade potencializada pelas lindas canções de Ataulfo Alvez, Dorical Caymmi e Lupicínio Rodrigues.

Segue o link para o trabalho completo:
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/PA?dd1=2785&dd99=view



A SAUDADE AMOROSA NA CANÇÃO BRASILEIRA: Um estudo exploratório (1927-1964)1


Saudade - love and long in Brazilian lyrics: An exploratory study (1927-1964)

Adriano Roberto Afonso do Nascimento, Aline Souza Martins

O objetivo da investigação aqui relatada foi buscar mapear a utilização do termo saudade em um
corpus formado por trechos de 458 letras de canções populares brasileiras compostas e/ou gravadas
entre 1927 e 1964 e que possuíam como tema a relação amorosa. Tal corpus foi submetido à análise
lexical realizada pelo software ALCESTE (Analyse Lexicale par Context d’un Ensemble de Segments de
Texte). Como resultado desse procedimento, obtivemos a formação de cinco classes de formas
reduzidas: a) saudade, sujeito movente; b) os porquês (a mulher, o tempo e o sentimento
compartilhado); c) coração (onde moram o amor e a saudade); d) sonhar com teu corpo, esperar dia
e noite e; e) a saudade em mim. Procurou-se, na discussão desses resultados, a elaboração de um
esquema que pudesse captar a complexidade da dinâmica do amor e da saudade no amante saudoso,
de modo a proporcionar uma possível chave interpretativa para futuros estudos sobre o tema.
Palavras-chave: Saudade. Análise lexical. Psicologia social.



"Fundamental para essa sensibilidade é, sem dúvida, a exacerbação de um certo tom nostálgico a matizar os homens e a natureza que os cerca. Especificamente para nós, brasileiros, é a saudade reconhecida como sentimento a partir do qual se poderia ler o mundo.4 Talvez devêssemos mesmo dizer que ela passa definitivamente a ser reconhecida de forma “oficial” como componente entre nós no que Vincent-Buffault (1988, p. 32) denomina, a partir de outro contexto, “código de comunicação sensível”.

Nenhum comentário: