quarta-feira, 9 de maio de 2012

Paulo Endo

Matéria incrível!!
Paulo Endo         
1)  Toten Tabu    
O esquecimento do assassinato do pai na psicanálise. Pierre Fedida.O sítio do estrangeiro.      
Seminário 17 – O avesso da psicanálise 


2) Freud e Agamben       
Homo sacer I         
Psicologia das Massas


3) Freud e Benjamin
“Texto sobre algum texto em Boudelair”. Walter Benjamin: preocupação sobre o estatuto do trauma na literatura. Consequências dessa proposição de trauma em Benjamin par a psicanálise.        
Mais além do princípio do prazer 


4) Freud e Norbert Elias (médico – escreveu sobre psicossomática)        
Processo civilizador II. Norbert Elias.       
Sú dela de Freud – Elias  
Mal estar na civilização 


5) Freud e Laclau         
Sobre o populismo         
Psicologia das massas 


6) Memória          
Interpretação dos sonhos         
Afogados e sobreviventes – primo Levi         
Retrato calado – Salinas fortes         
Memórias do cárcere – Flavio Tavares




Resenha do Texto:



ENDO, Paulo. A ressurgência da tirania como elemento originário da política. In entreAto: o poético e o analítico. Nina Virgínia de Araújo Leite, J. Gullhermo Millán-Ramos (org). Mercado das Letras: Campinas- SP, 2011.

HIPÓTESE
·         Atribuições dadas ao regime Brasileiros como não-estado de direito - juridicamente constituído mas que não se consolida na prática, democracia disjuntiva - que acumula conquistas sociais, políticas e jurídicas com alto grau de desrespeito a essas conquistas, ou democracia paradoxal (Angelina Peralva) – a melhoria de índices sociais não conduziram a maior participação política mas ao individualismo de massa, expressa a coexistência de organizações políticas distintas, produzindo efeitos inconciliáveis.
·         O poder soberano é exercido pelo meio jurídico e torna certas vidas, homo sacer, matáveis.
·         Homo Sacer = Homem-tabu (pré-linguagem, pré-fraternidade, pré-lei) = Criminoso.
·         Homo Sacer: mantém a imagem de unidade do sistema, sem falta, sem a contradição, sem o disruptivo do real que vem quebrar toda a unidade, pois esta é sempre imaginária.

ARGUMENTOS
1.       No irrepresentável da política é instalada a vida nua, e o poder soberano é o instrumento que a instala.

2.       Sobre esse irrepresetável de  atrocidades são instalados os Tabus, como demonstra Freud em Toten e Tabu.

3.       Agamben
a.       Bios é o reino da ética e da moral onde se manifesta o juízo.
b.      Zóe, vida nua: é a vida natural e biológica.
Para Benjamin a vida nua é “Onde cessa o domínio do direito sobre o vivente”. Para Agambém é preciso manter o paradoxo, a vida nua é onde só o direito pode alcançar o vivente, lugar onde a vida foi excluída por sua inclusão. A vida torna-se matável pela ordem do poder soberano, juridicamente construído. Assim,o poder jurídico torna o vevente excluído, aniquilado e matável.  
c.       A pesquisa de Agamben trata do ponto oculto entre o modelo jurídico-institucional e o modelo biopolítico de poder, que para ele foi ignorado por Foucault. Ou seja, ele reinscreve o poder soberano como atuante e se foca no ponto entre um modelo e outro.
d.      Para esse autor a biopolítica é tão antiga quanto a exceção soberana. 
e.      O paradigma do Estado de exceção são os campos de concentração. Indivíduo é reduzido a pura zóe, animalizado, corpo privado de sua diferenciação, absolutamente controlado e aniquilado. Massa aniquilada entre vida e morte, pois está predestinada ao extermínio. Morte sem luto. 

4.       Foucault
a.       Para Foucault a noção sobre o poder soberano se enfraquece dando lugar ao biopoder, os micorpoderes e os dispositivos, que são os mecanismo da biopolítica. Ou seja, as formas de controle jurídico estariam dando lugar às formas de controle biopolítico.  

5.       Agamben x Foucaul
a.       “O ponto de inversão e inflexão de Foucault, para Agamben, foi justamente revelar que a zóe, enquanto tal, fora absorvida, na modernidade, como elemnto de controle político, e como tal biopolítico. Ou seja, as próprias condições naturais e animais do homem teriam sido absorvidas no campo dos elementos sobre os quais o poder político também se exerce” (p.493).
b.      Para Agamben as formas de poder coexistem, “o exercício do poder jurídico repousa sobre bases biopolíticas, porém como formação paradoxal em que no próprio direito já se tem instaladoos princípios da ativação radical da biopolítica pela via do estado de exceção e da soberania” (p. 494). Ou seja, a mudança não se da no nível do exercício do poder somente, mas nas formulações jurídicas já há influência do biopoder e da soberania.
c.       Trata-se de uma radicalização do argumento foucaultiano.
d.      CORREÇÕES (Homo Sacer I): 1) Agamben desloca o problema da biopolítica para o poder soberano a partir dos estudos sobre o Estado de exceção do direito romano arcaico; 2) a biopolítica não é uma novidade moderna e não esta deslocado do poder soberano. 

6.       Freud
a.       A exceção é onde o excesso se expressa.
b.      Frente a vida no campo e a morte sem luto o testemunho e a luta pela sobrevivência se inscrevem como pulsão de vida.
c.       O esquecimento aqui não é obra do recalque, e sim do aniquilamento do sujeito.
d.      Segundo Agamben O poder do magistrado é o poder do pai, estendida a todos os cidadãos, ou seja,o poder do pai tirânico da horda.
e.      Os primeiros sistemas penais nascem enlaçados com o tabu
f.        Homo sacer: “com ele se realiza o fantasma da unidade indivisível em que ele figura, como excresência, resto, paradoxo” (p.500).
Criminoso = homem-tabu (homo sacer), doente, malcheiroso, contagioso. Deve ser eliminado.


Coisa boa deve ser compartilhada. 
Aline

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