Paulo Endo
1) Toten Tabu
O esquecimento do assassinato do pai na psicanálise. Pierre Fedida.O sítio do estrangeiro.
Seminário 17 – O avesso da psicanálise
2) Freud e Agamben
Homo sacer I
Psicologia das Massas
3) Freud e Benjamin
“Texto sobre algum texto em Boudelair”. Walter Benjamin: preocupação sobre o estatuto do trauma na literatura. Consequências dessa proposição de trauma em Benjamin par a psicanálise.
Mais além do princípio do prazer
4) Freud e Norbert Elias (médico – escreveu sobre psicossomática)
Processo civilizador II. Norbert Elias.
Sú dela de Freud – Elias
Mal estar na civilização
5) Freud e Laclau
Sobre o populismo
Psicologia das massas
6) Memória
Interpretação dos sonhos
Afogados e sobreviventes – primo Levi
Retrato calado – Salinas fortes
Memórias do cárcere – Flavio Tavares
Resenha do Texto:
ENDO, Paulo. A ressurgência da tirania como elemento
originário da política. In entreAto: o poético e o analítico. Nina Virgínia de
Araújo Leite, J. Gullhermo Millán-Ramos (org). Mercado das Letras: Campinas-
SP, 2011.
HIPÓTESE
·
Atribuições dadas ao regime Brasileiros como
não-estado de direito - juridicamente constituído mas que não se consolida na
prática, democracia disjuntiva - que acumula conquistas sociais, políticas e
jurídicas com alto grau de desrespeito a essas conquistas, ou democracia
paradoxal (Angelina Peralva) – a melhoria de índices sociais não conduziram a
maior participação política mas ao individualismo de massa, expressa a
coexistência de organizações políticas distintas, produzindo efeitos
inconciliáveis.
·
O poder soberano é exercido pelo meio jurídico e
torna certas vidas, homo sacer, matáveis.
·
Homo Sacer = Homem-tabu (pré-linguagem,
pré-fraternidade, pré-lei) = Criminoso.
·
Homo Sacer: mantém a imagem de unidade do
sistema, sem falta, sem a contradição, sem o disruptivo do real que vem quebrar
toda a unidade, pois esta é sempre imaginária.
ARGUMENTOS
1.
No irrepresentável da política é instalada a
vida nua, e o poder soberano é o instrumento que a instala.
2.
Sobre esse irrepresetável de atrocidades são instalados os Tabus, como
demonstra Freud em Toten e Tabu.
3.
Agamben
a.
Bios é o reino da ética e da moral onde se
manifesta o juízo.
b.
Zóe, vida nua: é a vida natural e biológica.
Para Benjamin a vida nua é “Onde cessa o domínio do direito sobre o
vivente”. Para Agambém é preciso manter o paradoxo, a vida nua é onde só o
direito pode alcançar o vivente, lugar onde a vida foi excluída por sua
inclusão. A vida torna-se matável pela ordem do poder soberano, juridicamente
construído. Assim,o poder jurídico torna o vevente excluído, aniquilado e
matável.
c.
A pesquisa de Agamben trata do ponto oculto
entre o modelo jurídico-institucional e o modelo biopolítico de poder, que para
ele foi ignorado por Foucault. Ou seja, ele reinscreve o poder soberano como
atuante e se foca no ponto entre um modelo e outro.
d.
Para esse autor a biopolítica é tão antiga
quanto a exceção soberana.
e.
O paradigma do Estado de exceção são os campos
de concentração. Indivíduo é reduzido a pura zóe, animalizado, corpo privado de
sua diferenciação, absolutamente controlado e aniquilado. Massa aniquilada
entre vida e morte, pois está predestinada ao extermínio. Morte sem luto.
4.
Foucault
a.
Para Foucault a noção sobre o poder soberano se
enfraquece dando lugar ao biopoder, os micorpoderes e os dispositivos, que são
os mecanismo da biopolítica. Ou seja, as formas de controle jurídico estariam
dando lugar às formas de controle biopolítico.
5.
Agamben x Foucaul
a.
“O ponto de inversão e inflexão de Foucault,
para Agamben, foi justamente revelar que a zóe, enquanto tal, fora absorvida,
na modernidade, como elemnto de controle político, e como tal biopolítico. Ou
seja, as próprias condições naturais e animais do homem teriam sido absorvidas
no campo dos elementos sobre os quais o poder político também se exerce”
(p.493).
b.
Para Agamben as formas de poder coexistem, “o
exercício do poder jurídico repousa sobre bases biopolíticas, porém como
formação paradoxal em que no próprio direito já se tem instaladoos princípios
da ativação radical da biopolítica pela via do estado de exceção e da
soberania” (p. 494). Ou seja, a mudança não se da no nível do exercício do
poder somente, mas nas formulações jurídicas já há influência do biopoder e da
soberania.
c.
Trata-se de uma radicalização do argumento
foucaultiano.
d.
CORREÇÕES (Homo Sacer I): 1) Agamben desloca o
problema da biopolítica para o poder soberano a partir dos estudos sobre o
Estado de exceção do direito romano arcaico; 2) a biopolítica não é uma
novidade moderna e não esta deslocado do poder soberano.
6.
Freud
a.
A exceção é onde o excesso se expressa.
b.
Frente a vida no campo e a morte sem luto o
testemunho e a luta pela sobrevivência se inscrevem como pulsão de vida.
c.
O esquecimento aqui não é obra do recalque, e sim
do aniquilamento do sujeito.
d.
Segundo Agamben O poder do magistrado é o poder
do pai, estendida a todos os cidadãos, ou seja,o poder do pai tirânico da
horda.
e.
Os primeiros sistemas penais nascem enlaçados
com o tabu
f.
Homo sacer: “com ele se realiza o fantasma da
unidade indivisível em que ele figura, como excresência, resto, paradoxo”
(p.500).
Criminoso = homem-tabu (homo sacer), doente,
malcheiroso, contagioso. Deve ser eliminado.
Coisa boa deve ser compartilhada.
Aline
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